quarta-feira, 25 de junho de 2014

Por que sofremos?

“Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações, sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança. Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes”, Tg. 1.2-4.

Diante de um mundo tão cheio de adversidades, muitas vezes nos perguntamos o porquê do sofrimento humano. Muitas igrejas nos dias de hoje têm pregado um evangelho positivista, em que o bem estar humano é o carro chefe de sua doutrina e têm atraído assim uma grande quantidade de pessoas em busca da solução para seus anseios humanos. Mas o que a bíblia diz a respeito?

O homem foi criado para glorificar a Deus e alegrar-se nEle para sempre, mas o homem sendo deixado à liberdade de sua própria vontade, caiu do estado em que foi criado, pecando contra Deus (Rm. 5.12; Gn. 3.6), e reduzindo-se a um estado de pecado e miséria (Rm. 5.12; Rm. 3.10-18; Gl. 3-10). Então, você pode perguntar: Há esperança para o pecador?

Devemos saber que a maior parte da humanidade continua em sua rebelião contra Deus, e quanto mais ela luta, mais aumenta seu sofrimento. Mas lembremo-nos das palavras de Jó, que mesmo sendo íntegro e reto (Jó
1.8), teve que enfrentar as adversidades de uma provação, e disse as seguintes palavras: “Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra. E depois de consumida a minha pele, contudo ainda em minha carne verei a Deus” (Jó 19.25-26). Jó sabia que sua situação era muito difícil, mas ele sabia que o Senhor não o havia esquecido.


O sofrimento para o cristão é um meio para o aperfeiçoamento da fé, sendo que o cristão está sujeito ao meio em que vive, ou uma disciplina de Deus, como um pai que disciplina um filho amado (Hb. 12.6). Mas o importante é que, diferente de um mundo que não conhece a Deus, nosso sofrimento é passageiro, e não passamos por ele sozinho.

Marco Antonio A. Neves

Os mortos não nos ouvem!

Os mortos não podem se comunicar com os vivos. Biblicamente falando, quem morreu não ouve os vivos, eles não sabem que estamos chorando por eles, nem que sentimos saudades deles. Os mortos não ouvem nossas orações, não intercedem por nós, não nos olham, nem choram de saudade por nós.

Cristo foi bem claro sobre esse assunto quando relata, através de uma parábola, a história do rico e de Lázaro, lá escrito no Evangelho de Lucas, capítulo 16, versículo 20 ao 31. Quando o rico, queimando no inferno, pede a Abraão para Lázaro (que está no céu) molhar com água a ponta do próprio dedo para refrescar a língua do rico (que está no inferno), e quando o rico pede que Lázaro volte à terra a fim de avisar à família do rico sobre o perigo da morte eterna, Abraão explica que entre os mortos e os vivos há um grande abismo, e que não pode haver comunicação entre eles.

Abraão disse ao rico que não há comunicação entre quem está no céu e quem está no inferno: “...está posto um grande abismo entre nós [os que estão no céu] e vós [os que estão no inferno], de sorte que os que querem passar daqui para vós outros não podem, nem os de lá para nós” (Lc. 16.26), por isso Lázaro não podia refrescar o rico com água. Depois Abraão explicou que não há comunicação entre os que estão vivos na terra e os que já morreram. O rico perguntou: “Pai, eu te imploro que o mandes [mande Lázaro] à minha casa paterna, porque tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de não virem também para este lugar de tormento. Respondeu Abraão: Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-nos. Mas ele insistiu: Não, pai Abraão; se alguém dentre os mortos for ter com eles, arrepender-se-ão. Abraão, porém, lhe respondeu: Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos” (Lc. 16.27-31).

Jesus Cristo, que é DEUS na pessoa do Filho, expõe claramente que não há a mínima condição de nenhuma pessoa que está fisicamente viva se comunicar com alguém que está fisicamente morto. Não há a possibilidade de os mortos intercederem pelos vivos, nem há chance de nenhum morto estar rondando na terra procurando por parentes para fazer o bem ou o mal. Os mortos não se comunicam com os vivos. Cristo nunca ensinou que os apóstolos que morreram podem interceder por nós. Cristo nunca ensinou que nossos parentes amados que morreram intercedem por nós. Somente Cristo e o Espírito Santo, sendo DEUS, intercedem por nós.

“Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis. E aquele que sonda os corações sabe qual é a mente do Espírito, porque segundo a vontade de Deus é que ele intercede pelos santos” (Rm. 8.26,27).

Os mortos não podem nos ouvir. Quando o grande dia da ressurreição chegar, os que tiverem morrido com Cristo ressuscitarão para a vida eterna, os que morreram sem Jesus, também ressuscitarão, mas para a morte eterna.

“Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo” (Jo. 5.29,30). Lembrando que a Bíblia diz que “não há quem faça o bem” (Rm. 3.9-12), não há possibilidade de salvação para ninguém por meio das boas obras (Efésios 2.8,9), mas os salvos devem praticar as boas obras que testificam que eles são filhos de Deus (Efésios 2.10), as boas obras não são para salvação, mas para testemunho de quem já é salvo.

O dia da ressurreição ainda não chegou. O apóstolo Paulo conforta os crentes explicando que voltaremos a ver os irmãos em Cristo que já faleceram, pois eles apenas “dormem”. Ele consola os crentes para que estes não se “entristeçam como os demais, que não têm esperança” (1ª Tes. 4.13). Cristo trará em sua companhia os que dormem (1ª Tes. 4.14). É importante ressaltar que a Bíblia só expõe o termo “dormir” no grego para a morte de crentes em Cristo, não para incrédulos. Nossos irmãos apenas “dormem”! No grande dia, “os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro” (1ª Tes. 4.16), depois os crentes que estiverem vivos alcançarão, finalmente, a redenção (1ª Tes. 4.17).

Portanto, não há a menor possibilidade de nenhum morto interceder por nós perante Deus. Ninguém que não esteja vivo pode orar por nós. Eles não nos ouvem, nós não podemos ouvi-los. Nem crentes, nem descrentes. Cristãos e não cristãos. Se estão fisicamente mortos, não nos ouvem. Também não há a possibilidade de ficarem “purgando” os pecados depois da morte. “...ao homem está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo” (Hb. 9.27).

Os mortos não irão nos ajudar em nossa salvação, tampouco os vivos ajudarão os mortos a purgarem os seus pecados. Não há nenhum relato bíblico afirmando que as almas ficam em estado de purificação depois da morte (purgatório), pois “depois da morte segue-se o juízo” (Hb. 9.27).

Estejamos preparados, pois, “que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?” (Mc. 8.36). 

Caline Galvão

terça-feira, 22 de outubro de 2013

O Guru - Max Gehringer

Falsos benefícios das falsas doutrinas



É interessante como o texto de João 15 nos fala sobre como podemos produzir frutos. Nos dias de hoje, a igreja vem passando por um momento em que muitos têm se levantado com doutrinas ditas cristãs, mas que não se coadunam com o ensinamento exposto pelas Sagradas Escrituras. Falsas Teologias (como a da prosperidade, por exemplo) pregam ensinamentos avessos aos que nos foram deixados por Cristo. Esses ensinamentos forâneos à sã doutrina são muitas vezes vistos por alguns cristãos como benéficos ao cristianismo, pois levam o nome de Cristo aos gentios e por mais estranho que pareça, geram nas pessoas uma “fé inicial”, que depois é aperfeiçoada por uma vida cristã e pela busca pessoal de cada um. Outrossim, alguns discordam da sua pregação, pois não se coadunam com o verdadeiro evangelho de Cristo. Mas o que a Bíblia nos diz sobre tais doutrinas? 

Em João 15:4-6, vemos Cristo dizendo o seguinte: “Estai em mim, e eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim. Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem”. No versículo 4, Ele começa exortando a permanecermos n’Ele. Logo depois, Ele diz algo interessante, dizendo que a vara não pode produzir fruto se não estiver na videira. 

Particularmente, não vejo como permanecermos em Cristo de outra maneira que não seja através da oração e da busca pelo conhecimento através da leitura e obediência a Sua palavra. Todos os eleitos agem como eleitos; eles são a luz do mundo. Então, a partir desse momento, começamos a ter problemas para aceitar as falsas doutrinas. No versículo seguinte, Ele nos diz que quem está n’Ele produz muitos frutos, e sem Ele, nada podemos fazer. Mais uma vez, fica claro que a única maneira de se produzir bons frutos é estar em Cristo. Não há outra maneira. Por fim, no versículo 6, há uma palavra de condenação: “Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem”. Diante dessas palavras, entramos em grande conflito com as falsas doutrinas, por mais benéficas que elas pareçam ser. 

Em Mateus 7:15, Jesus nos diz: “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores”. Ora, se devemos nos acautelar daqueles que parecem ser piedosos, mas pregam uma falsa doutrina, como poderíamos achar de alguma maneira que tais ensinamentos seriam benéficos ao Evangelho? Paulo, em Galátas 1:8, diz o seguinte: “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema”. O apóstolo diz isso em um dado momento em que a igreja se encontrava constrangida, por parte de alguns judeus, a voltar aos antigos rudimentos da lei, mesmo estando debaixo da graça. Ali estava sendo pregada uma falsa doutrina, e o apóstolo não a considerou benéfica ao Evangelho. 

Não devemos deixar de orar por aqueles que se encontram envolvidos pela mentira, buscando seus próprios interesses, mas considerar tais ensinamentos como benéficos ao cristianismo é algo bem diferente, pois uma mentira, mesmo dita com intuito de se fazer o bem, continua sendo mentira e, portanto, continua sendo pecado.

Deus os abençoe!


Marco Antonio A. Neves