sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Nota de esclarecimento sobre "Minha carta aos desviados"


Quando eu fiz este blog, nunca pensei que alguns textos fossem tão acessados. Sempre dou uma olhadinha nas estatísticas e todos os dias tem alguém lendo "Minha carta aos desviados". Quando se coloca a  expressão "carta para desviados" no Google, aparece meu artigo...
Gostaria de esclarecer aos leitores do texto mais lido que a mensagem é "Minha", é "Minha carta", "Minha carta aos desviados". Recebi algumas mensagens grosseiras, em CAIXA ALTA, dizendo que eu precisava saber o que é Graça... PUF!!!!!!!!

Gostaria de dizer aos arminianos de plantão que eu sei e compreendo perfeitamente o significado da expressão "Graça de Deus", contudo, creio biblicamente que a "graça" (salvífica) não é para todos. Além do mais, conheço diversos tipos de "desviados". Conheço alguns que caíram e não conseguem se levantar por causa do pecado, e por eles choro até hoje. Outros caíram e, por vergonha ou medo de serem rechaçados pelos FARISEUS DAS IGREJAS, não conseguem voltar a ter convívio cristão. Contudo, nos dois casos que citei, é nítido nos próprios rostos deles que um dia eles tiveram sim, de fato, a regeneração. São por eles que oro e creio que voltarão a ter uma vida de intimidade com Deus.

"Minha carta aos desviados" não foi escrita para os casos de "desvios" que citei acima. É pra gente que nunca se converteu mesmo e anda por aí dizendo que já foi crente... Culpa tudo e todos por seu "desvio", mas não reconhece o pecado que há dentro de si.

Além do mais, me informe em qual momento no texto eu cometi alguma heresia. Lembrando sempre que é uma "carta" particular e que eu tenho liberdade literária para escrever do jeito que eu quiser, contanto que não distorça nenhuma passagem bíblica. Teve literatura no meio do texto? Sim. E qual o problema? Críticas recebo, mas textos em CAIXA ALTA dizendo na minha cara que eu não sei o que é "Graça" não passa pelo crivo.

Se você estava procurando alguma "carta" para passar a mão na cabeça de desviado, realmente, procurou no site errado. Meus pêsames. E, se um dia, eu me desviar da igreja, posso até me desviar dela, mas nunca de Cristo. Posso até pecar e permanecer em pecado não sei quantos anos, ainda assim, terei plena convicção da Graça de Deus na minha vida. É por isso que não costumo brincar com a "Graça". Antes pecar e se levantar pela "GRAÇA DE DEUS" do que pecar e permanecer caído (desviado). Ou, pecar, permanecer caído e, definitivamente, nunca ter sentido o prazer de desfrutar da "Graça de Deus", acusar tudo e todos pelo desvio e ainda ter a cara-de-pau de dizer pra mim: "não julgue". Caramba! Falar a verdade é julgar? Se você nunca sentiu a GRAÇA DE DEUS e permanece caído até hoje, seu lugar não é no Céu, e não sou eu que digo isto: “nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci: apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade”, Mt.6:21-23. “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus”. Ef.2:8. “E Isaías diz ousadamente: ‘Fui achado por aqueles que não me procuravam; revelei-me àqueles que não perguntavam por mim”. Rm.10:20.
E se acham que fui grosseira no artigo, não me desculpo. Além de ter gostado do texto, creio que não falei nenhuma heresia! 

Minha carta aos desviados



Não, eu não tenho pena de você. A Bíblia é clara e você sabe disso...


Não tenho pena de você porque suas ações cotidianamente negam a crucificação de Cristo. Você nega o amor de Deus quando ignora os preceitos cristãos. [“Se alguém não ama ao Senhor Jesus Cristo, seja anátema; maranata”. 2ª Co.16:22]. Você nega Jesus e o despreza com suas desculpas esfarrapadas. Você nega a existência de um Deus soberano com sua língua podre. [“A sua garganta é um sepulcro aberto: com as suas línguas tratam enganosamente: peçonha de áspides está debaixo de seus lábios”. Rm.3:13]. Você ignora que Jesus é Deus e morreu por pecadores estúpidos como você e eu. [“Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores”. Rm.5:8].

Não tenho pena de você, “querido” desviado, porque você profana a igreja de Cristo. Com sua astúcia, tenta desequilibrar a harmonia entre os irmãos. Você não tem misericórdia dos missionários, evangelistas, pastores, presbíteros e diáconos quando abre a boca para acusá-los dos seus tormentos. [“(...) Que também vos sujeiteis aos tais e a todo aquele que auxilia na obra e trabalha”. 2ª Co.16:16. “E rogamo-vos, irmãos, que reconheçais os que trabalham entre vós e que presidem sobre vós no Senhor, e vos admoestam; e que os tenhais em grande estima e amor, por causa da sua obra. Tende paz entre vós”. 1ª Tes.5:12-13. “Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil”. Hb.13:17].

Não, a culpa não é deles porque você se desviou. A culpa é do seu coração perverso que é naturalmente voltado para o mal. [“Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus”. Rm.3:23. “Não há um justo, nem um sequer. Não há ninguém que entenda; não há ninguém que busque a Deus”. Rm.3:10-11]. Você subestima o amor de Deus demonstrado naquela cruz quando iguala suas dores às dificuldades da vida cristã. Em nenhum momento Deus te prometeu vida sem tribulações. Todos os cristãos têm tribulações: “E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições”. 2ª Tm.3:12.

Não, não te darei tapinhas nas costas. Não se deve brincar com o Evangelho de Cristo. Jesus foi extremamente claro quando disse que “nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci: apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade”, Mt.6:21-23.

É interessante notar que Jesus fala de “crentes” de igreja. Expulsar demônios não leva ninguém para o céu. É bom observar que invocar a Deus também não leva ao céu. Profetizar e fazer maravilhas também não. Imagine você, desviado, que nem mais profetiza, nem ora, nem medita na Palavra, nem evangeliza, contudo ignora a santidade de Deus. Sabe para onde você vai? Eu sei que você sabe...

Um dia olhei para o céu e o vi vermelho. Vi chamas de fogo consumindo pessoas. Anjos caídos, gritos, dor, ranger de dentes. Olhei para o céu mais uma vez e vi, na imensidão, um mar de lavas. Depois olhei de novo e percebi que era o céu negro com muitas estrelinhas lindas, obra do Senhor. Havia imaginado um segundo mundo. Lá era tão imenso quanto o céu que você e eu podemos ver. Mas era tão quente que nem o sertanejo conseguiria sobreviver. Mas você estava lá! Eu te vi por lá! Você olhava pra mim, mas não conseguia falar. Você gemia, não conhecia o amor. Você continuava profanando o nome de Cristo, porque Ele não te conheceu. Você estava lá, eu te vi por lá!

Não, não tive pena de você. A justiça de Deus foi cumprida. Eu poderia estar contigo naquele lugar, mas, pela graça de Deus, eu não estava... [“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus”. Ef.2:8]. É verdade, “amigo”, eu devia estar com você... Mas não estava. Jesus Cristo morreu naquela cruz e Deus me iluminou. [“E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados”. Ef.2:1]. Consegui reconhecer a salvação. Deus me deu o Espírito Santo. Eu não pedi. [“E Isaías diz ousadamente: ‘Fui achado por aqueles que não me procuravam; revelei-me àqueles que não perguntavam por mim”. Rm.10:20]. “Então foi sorte?”, você pode indagar. “Sorte” não, meu “amigo”, foi graça. Um dom imerecido. Eu ganhei e você não. Sou melhor que você? Também não. Sou tão podre quanto você, mas a justiça de Deus foi feita. Deus me perdoou. [“O que Israel buscava não alcançou; mas os eleitos o alcançaram, e os outros foram endurecidos”. Rm.11:7].

Isso dói? Vai doer ainda mais quando o “teu” salvador disser para ti: “Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos” (Mt.25:41). Será que dói mesmo? Se dói, é porque você está entendendo o que estou querendo te dizer. "Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações" (Hb.3:15). Será que dói o suficiente para você entender que é necessário “nascer de novo”? Será que dói o suficiente para você crer, de todo coração, que "o nosso Deus é fogo consumidor"? (Hb. 12:29).

Será que você consegue entender que fora de Cristo não há salvação? Você lembra quando o pastor pregava isso? “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” (At. 4:12). Será que dói o bastante para você entender que está sendo considerado inimigo de Deus?

Imagine você criar um vaso de cerâmica belíssimo. Você coloca no mais alto lugar da casa e mostra a todos que visitam seu lar. Você limpa com carinho, guarda, não deixa que ninguém quebre. De repente seu vaso tão lindo começa a se sentir poderoso demais... Ele começa a andar sozinho! Ele fala sozinho, se limpa sozinho... E ainda por cima diz que não precisa de você para mais nada. Aquilo que você produziu e cuidou, por tantos anos, agora te ignora. Seu vaso sai por aí se exibindo... Achando que é “gente”... Isso começa a doer em você... Seu vaso não te ouve, te despreza e se autodestrói aos poucos. Pois é, desviado, foi isso o que aconteceu entre você e Deus.

Será que dói? Ou será que você continua a desprezar? Jesus Cristo morto naquela cruz, Jesus Cristo humilhado por homens ignorantes e sem comunhão com Deus, Jesus Cristo santo, sendo Deus, desceu para sofrer por você... E você ainda ignora... Não, eu não tenho pena de você, desviado. Não tenho pena porque você ignora, você despreza, você desonra, você cospe, você pisa, você esmaga o Deus que amou a sua vida mais do que a dele próprio. Interessante, você faz tudo isso, mas é como se não surtisse efeito algum, pois Deus continuará sendo Deus Todo-Poderoso, imutável, maravilhoso, conselheiro, príncipe da paz, Pai da eternidade, formidável, infinito em bondade, em majestade, em magnificência, em grandiosidade, em inteligência, em conhecimento, em previsibilidade, em soberania... Não, desviado, nem você, nem suas ações têm capacidade para diminuí-lo.

Se não dói em você, peço só para que se lembre do que “vi”... “Um dia olhei para o céu e o vi vermelho. Vi chamas de fogo consumindo pessoas. Anjos caídos, gritos, dor, ranger de dentes. [...] Mas você estava lá! Eu te vi por lá!”. Mas se teu coração dói, não esqueça, Jesus morreu por amor, Jesus perdoa somente porque é amor, e não há pecado no mundo que possa superar a grandiosidade desse amor divino, pois é este o único amor que é eterno. “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo” (1ª Jo. 2:1).

Deus, por sua graça, ilumine você.

Caline Galvão

Não tenha medo dos poderosos!


Há tantas pessoas que confiam em seus próprios tesouros que não percebem quão frágeis são. Não existe gente poderosa no mundo que não tenha dinheiro. Com recursos em abundância e um coração insensato, corrompem os bons costumes, humilham empregados, compram pessoas para realizarem obras más. Mas a Bíblia nos adverte quanto a esse tipo de gente e ainda diz que Deus exterminará esse povo.

O salmo 52 é um conforto para aqueles que temem ao Senhor. É incrível como ao ler esse texto surge em minha mente algumas pessoas poderosas da sociedade. Há milênios atrás, Davi descreve a perversão do homem que se considera poderoso e que tem as mesmas características de um homem poderoso da atualidade.

“Por que te glorias na maldade, ó homem poderoso? Pois a bondade de Deus dura para sempre. A tua língua urde planos de destruição; é qual navalha afiada, ó praticadora de enganos! Amas o mal antes que o bem; preferes mentir a falar retamente. Amas todas as palavras devoradoras, ó língua fraudulenta!” (Salmo 52:1-4).

Como é contemporânea essa observação de Davi! Quantos empresários e políticos armam planos de destruição para se beneficiarem com tais atitudes? Quantos colegas de trabalho que são superiores falam enganosamente contra os inocentes para tentar derrubá-los perante seus chefes? Quantas pessoas poderosas tentam prejudicar aqueles que desejam ajudar só para sentir prazer em destruir e se sentir poderoso? Mas Deus não está cego quanto à maldade humana. Deus é justo. O salmo continua:

“Também Deus te destruirá para sempre; há de arrebatar-te e arrancar-te da tua tenda e te extirpará da terra dos viventes. Os justos hão de ver tudo isso, temerão e se rirão dele, dizendo: Eis o homem que não fazia de Deus sua fortaleza; antes, confiava na abundância dos seus próprios bens e na sua perversidade se fortalecia” (Salmo 52:5-7).

O Senhor não deixará por menos a maldade dos poderosos. Não há o que temer se tua vida estiver nas mãos de Deus. Confie no Deus que enviou Jesus Cristo para que seu sangue derramado na cruz nos concedesse livre acesso a este Deus. Acredite nas promessas do Senhor em te guardar sempre e te livrar dos laços do inimigo. Deus é contigo aonde quer que você andar, inclusive no seu trabalho. Não deixe de fazer como Davi e fale ao Senhor:

“Quanto a mim, porém, sou como a oliveira verdejante, na Casa de Deus; confio na misericórdia de Deus para todo o sempre. Dar-te-ei graças para sempre, porque assim o fizeste; na presença dos teus fiéis, esperarei no teu nome, porque é bom” (Salmo 52:8-9).

Você sente que há perseguição em seu trabalho? Em sua empresa? Não tenha medo! Confie em Deus e agradeça a Deus porque Ele é bom. O Senhor te levará paz e acalmará as águas do mar revolto por qual você passa.

Descanse em Deus.

Caline Galvão

Até quando, Senhor?


“Até quando te esquecerás de mim, Senhor? Para sempre? Até quando esconderás de mim o teu rosto? Até quando consultarei com a minha alma, tendo tristeza no meu coração a cada dia?”

Davi recorre a Deus em um momento de profunda angústia. Quando nossa alma está abatida, a sensação é que os dias e as noites se tornaram muito longos. Os dias são tristes e à noite não há paz. Profunda tristeza, inquietação e dor intensa de alma provocam um desespero tamanho que parece não ter fim. São dias em que o brilho do sol e o silêncio da noite incomodam profundamente. Então, como o salmista, nossa dor grita: “Até quando, Senhor?”.

Vários são os motivos que levam alguém a ter uma alma abatida. Quero me deter a um motivo que é o responsável pelas maiores angústias de um cristão. Aquele motivo que a gente esconde a sete chaves, que às vezes escondemos até da nossa própria sombra, mas que lá dentro, lá bem no íntimo, temos a certeza que tem mais um alguém ciente da razão de tamanha tristeza.

Quando o pecado não apenas entra, mas se instala em nossas vidas como uma praga que danifica aos poucos toda a plantação, um sentimento angustiante toma conta de nosso interior. Às vezes chegamos a ser tão dissimulados que nossa face consegue esconder essa dor e sorrir brilhantemente para todos, principalmente para aqueles do nosso convívio cristão.

Essa dor que muitas vezes tentamos disfarçar e driblar de nós mesmos corrói a nossa vida social, emocional e, até mesmo, nossa vida espiritual. São esses pecados que começam aparentemente pequenos, irresistíveis, que vão minando nossa intimidade com Deus, nossos momentos de oração e de leitura bíblica. São esses “pecadinhos” aparentemente inofensivos que nos levam um dia, sem que ninguém entenda, a desistir, de maneira abrupta, de tudo o que foi construído, quer seja família, convívio com a igreja e com os amigos.

Mas quero falar dessa tristeza que nos desestabiliza, mas que ainda está naquele nível de conseguirmos dissimular para os outros. É nesse aspecto que muitos passam dias, semanas, meses, anos se lamentando: “Até quando consultarei com a minha alma, tendo tristeza no meu coração?”. Às vezes o pecado é tão sutil que apesar de termos sido avisados pelo Espírito Santo que era algo cruel, como parecia ser ínfimo, continuamos nele ao ponto de não mais sabermos o motivo que nos leva a tanto lamento.

São nessas horas que precisamos reavaliar seriamente a nossa vida e procurar buscar lá no íntimo o que está nos levando a uma tragédia emocional gradativa. E sempre, exatamente sempre, quando se é cristão, percebemos que há algo errado em nossas vidas e um “algo” que nos faz até ficar tímidos diante de Deus. É quando nos deparamos com um conflito profundo: continuar desejando aquilo ou cortar laços com esse sentimento pecaminoso? Continuar fazendo aquilo ou abandonar de vez aqueles atos que ferem a santidade de Deus? Continuar permitindo que o pecado faça cócegas ou parar de sorrir com coisas que são deliberadamente reprovadas por Deus?

Não. Não é uma escolha fácil. É decidir romper de vez com aquela angústia. É decidir romper de vez com todo o embaraço que te leva a uma eterna tristeza. É decidir romper com o que você ama, mas que ao mesmo tempo, Deus abomina. É decidir obedecer, e obediência nem sempre é algo fácil. A obediência só se torna mais fácil quando amamos mais àquele a quem devemos obedecer, do que a nós mesmos. É isso! Peça a Deus que te conceda mais amor por Ele, que você verá o quanto será mais fácil livrar-se desse laço e, consequentemente, dessa profunda angústia.

Olhe para o Senhor, pois Ele te dará forças para suportar a ruptura e te fazer uma pessoa feliz. Olhe para o Senhor, pois é dEle que vem a salvação. Olhe para o Senhor e diga como o salmista: “Mas eu confio na tua benignidade: na tua salvação meu coração se alegrará” (Sl.13:5). Olhe para o seu Pai, pois Ele te ajudará. “Os meus olhos estão continuamente no Senhor, pois ele tirará os meus pés da rede. Olha para mim e tem piedade de mim, porque estou solitário e aflito. As ânsias do meu coração se têm multiplicado; tira-me dos meus apertos. Olha para a minha aflição e para a minha dor, e perdoa todos os meus pecados” (Sl. 25:15-18).

Creia e não desista de ver um ponto final para essa angústia. Deus está perto de ti. Ele não te desamparará. Que o Senhor te guarde e te abençoe.

Caline Galvão

A palavra da cruz é loucura


Não somos obrigados a entender tudo, mas devemos procurar entender muitas coisas. É complicado uma pessoa que deteste física e química compreender alguns fenômenos que existem na natureza. Esses fenômenos acabam se tornando loucura para quem não entende, porém sabedoria para quem estuda a respeito deles.

O interessante é que o Cristianismo enxerga o mundo também dentro de um duelo entre sábios e ignorantes. A Bíblia faz uma distinção entre aquelas pessoas que conseguem entender as coisas espirituais e aquelas que não entendem. Não se preocupe, não é uma nova teoria, é uma realidade cristã.

Paulo diz que “certamente a palavra da cruz é loucura para os que se perdem” (1ª Co. 1:18). Mas o que ele quis dizer com “os que se perdem”? De maneira simples, posso dizer que aqueles que estão “se perdendo” são pessoas que não têm Jesus Cristo como seu legítimo pastor (Jo. 10), que não compreendem que necessitam da salvação e que não entendem porque precisam ser submissos a Deus.

A “palavra da cruz” realmente é uma loucura para os que não compreendem o significado da vinda, morte e ressurreição de Cristo. “Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente” (1ª Co. 2:14).

Tentar entender que Deus tem um único filho, o envia para a Terra, o faz sofrer, ser humilhado e crucificado não é tão fácil. E quando se sabe que este filho era ao mesmo tempo Deus (pois Deus é um só, mas manifestado em três pessoas: Pai, Filho e Espírito), é que a coisa complica... Como Deus desejaria ser humilhado por sua própria criação? Acaso algum rei ou grande líder desejou ser humilhado pelos seus servos? Se nenhum líder nunca desejou isso para si, por que Deus desejaria?

Quando Paulo diz que “nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para judeus, loucura para os gentios” (1ª Co. 1:23) ele quer afirmar que essa suposta loucura era na verdade a maior das sabedorias. Os gregos achavam graça num homem que se dizia Deus e não tinha poder o suficiente para sair da cruz. A grande questão é que estes gregos eram pessoas que estavam “se perdendo” e eram “homens naturais” (1ª Co. 2:14a), por isso não compreendiam o que Jesus estava fazendo naquela cruz.

Talvez, você leitor, também ache ridículo um Deus ser humilhado em uma cruz. Se assim você acha, saiba que você não consegue enxergar a sabedoria nesse sacrifício porque você não pode entender as coisas espirituais, por ser um homem natural. E o que significa ser natural? O homem natural é aquele que não foi lavado pelo sangue de Jesus, aquele que não consegue entender a “loucura” da cruz.

A verdade é que os homens são pecadores, mas Deus quis salvar alguns deles. A “loucura” da cruz consiste em Deus ter sacrificado seu filho, para que o sacrifício do filho (um alguém totalmente santo e sem pecados) pudesse aplacar a ira de Deus e fazê-lo aceitar a salvação de algumas pessoas. É isso mesmo: Deus é quem aceita, e não o contrário. Isso parece loucura, mas não é.

É algo complexo, mas não é difícil de entender. Só podemos chegar a Deus através de Jesus. Não poderíamos ter acesso ao Pai se Jesus não tivesse morrido na cruz. Não poderíamos ter esperança de salvação se Jesus não tivesse ressuscitado. Essa é a loucura da cruz. Deus não ouviria nossas orações se Jesus não tivesse existido e sacrificado em uma cruz. Isso é o que significa “loucura” para os homens “naturais”.

Mas Paulo fala ainda mais. Depois que ele afirma que a “palavra da cruz é loucura para os que se perdem”, explica que “para nós, que somos salvos, é o poder de Deus” (1ª Co. 1:18). Ainda assim, talvez você não tenha entendido... Mas saiba que a “palavra da cruz é poder”, pois é poderosa para transformar vidas e salvá-las. Eu espero sinceramente que você que não é crente e teve a curiosidade de ler o texto possa ter sua mente aberta pelo Espírito Santo para compreender esta “palavra da cruz”, que é mais sábia do que a sabedoria dos homens!

Caline Galvão