terça-feira, 23 de abril de 2013

Lamentações de Jeremias



Shedd explica que o livro de Lamentações de Jeremias tem um tema principal, que é o sofrimento que sobreveio a Jerusalém quando Nabucodonosor capturou a cidade em 586 a.C. O livro inicia explanando as aflições de Jerusalém, depois expõe que a destruição da cidade se deveu ao pecado do povo, em seguida mostra o que a cidade aprendeu com a disciplina e, por fim, a oração de Jeremias revela que a esperança de Jerusalém habita em Deus, por saber que o Senhor é eternamente misericordioso com o Seu povo.

Por que ler Lamentações?

O livro de Lamentações direciona os filhos de Deus a buscar ao Senhor mesmo em meio às adversidades provocadas pelo pecado. Conduz-nos a esperar pela misericórdia do Senhor, a louvá-lo por seus livramentos, a compreender o quanto Ele é Santo e abomina o pecado, principalmente o pecado da idolatria, pois a glória dEle, ele não dará a ninguém (Isaías 42.8).

Lamentações também ensina a auto-humilhação do pecador perante o Todo-Poderoso, o reconhecimento do pecado e a distância que este nos deixa de Deus quando o cometemos. O livro admoesta-nos a confessar nossos pecados, a abandoná-los e a invocar a misericórdia do nosso Deus. O texto também relata a bondade do Senhor em atender ao arrependimento verdadeiro dos seus filhos, como também mostra o quanto a disciplina do Senhor é rígida, contudo, benéfica. Explica também que o Pai não aflige seus filhos por prazer, mas por necessidade (Lm. 3.31-33) e que o alívio só acontece no tempo de Deus, quando Ele quiser.

As partes que acho mais interessantes no livro são:

Quando Jeremias tem a firme convicção de que o Senhor é tão bom e tão fiel com o seu povo que jamais permitiria um sofrimento eterno. “As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se a cada manhã. Grande é a tua fidelidade” (Lm. 3.23.24).

Quando Jeremias tem plena certeza que o sofrimento é necessário e provém do Senhor. “O Senhor não rejeitará para sempre; pois, ainda que entristeça alguém, usará de compaixão segundo a grandeza das suas misericórdias; porque não aflige, nem entristece de bom grado os filhos dos homens” (Lm. 3.31-33). “Acaso, não procede do Altíssimo tanto o mal como o bem? Por que, pois, se queixa o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus próprios pecados.” (Lm. 3.38-39).

Quando Jeremias reconhece que sem a ajuda de Deus, os pecadores não têm força para converterem-se. “Converte-nos a ti, SENHOR, e seremos convertidos; renova os nossos dias como dantes”. (Lm. 5.21).

Caline Galvão

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Culto com coreografias?



Não tem quem me faça engolir essa palhaçada de coreografia na igreja, durante o culto. Ao meu ver, coreografia durante o culto serve como entretenimento, diversão, incentivo à sensualidade (não sempre, mas algumas vezes sim), além de servir também para dificultar a concentração durante a adoração com cânticos e diminuir o interesse pela pregação. Além de ser um meio de atrair bodes, serve como desculpa para: "convidei meu amigo para ver o grupo dançando, ele aproveita e ouve a pregação". Por favor, quem não quer ouvir a Palavra, não ouve nem com o melhor dos dançarinos no culto. Essa atitude só estará firmando bodes na igreja, e não ovelhas. Não tenho receio em afirmar que um dos motivos de haver tantas falsas ovelhas há tantos anos nos bancos das igrejas seja o entretenimento desnecessário que há no período dos cultos. Ter apenas o corpo presente durante a pregação nada significa.

A igreja como instituição pode, sim, incentivar a arte, dando espaço para pintura, dança, música, poesia, inclusive em suas dependências, mas não no espaço reservado para o culto público. Antigamente, as igrejas protestantes também serviam como escolas, elas educavam seus frequentadores. A arte, no geral, sempre foi vista pelos protestantes dos séculos passados como algo positivo. A cultura dos crentes de antigamente era indiscutivelmente superior a de hoje, pois com o surgimento de movimentos suscitados por pessoas de dentro das próprias igrejas que taxavam tudo como algo "demoníaco", criando facções e novas denominações não provenientes da Reforma Protestante, a cultura foi deixada de lado, a "burrice" começou crescer dentro da igreja, a falta de questionamento, a falta de educação, enfim, tudo isso distorceu o sentido da arte no meio protestante.

No entanto, culto não é momento para meninas e "meninos" mostrarem sua performance como artistas com pretexto de "ser para Deus", mas é momento EXCLUSIVO de adoração ao Santíssimo e meditação da Palavra do Senhor. Não vejo respaldo nenhum, em momento algum na Bíblia, para darmos uma pausa durante o culto e observarmos dançarinas se apresentarem. E antes que me censurem falando que Davi dançou (2Samuel 6.16), que Miriã dançou (Êxodo 15.20-21), lembrem-se: eles não ensaiaram passos, não pararam culto nenhum para se exibirem. A dança não é, nem nunca foi pecado, exceto a dança carregada de sentido sexual. Se é para dançar no culto, como na cultura cristã africana, que TODOS dancem e pulem durante o louvor, e não que um grupo de garotas e "garotos" (na maioria das vezes com sexualidade discutível) se apresentem.

Não me importo de ser chamada de retrógrada por essa juventude pós-moderna insensata (que considera seus próprios pensamentos como superiores a tudo e a todos, inclusive aos ensinamentos bíblicos) que não tem a menor noção do significado de culto, e ainda dizem: "não tem nada a ver!". E, só pra concluir: dança e música, artes no geral, não é, nunca foi, nunca será ministério (não há levitas no Novo Testamento, não é porque você canta e toca que se torna levita), pode ser talento cultural, aptidão artística, mas jamais ministério. Ver I Cor. 12:9-11, 27 e 28; Ef. 4.11-16; Ped. 4:10 e 11. Os ministérios servem ao próximo para edificação da Igreja do Senhor.


Caline Galvão

terça-feira, 2 de abril de 2013

A História prova a existência de Cristo


      
Como provar a existência de Jesus Cristo sem utilizar a Bíblia


A História da Humanidade não nega a existência de Jesus. Pode até negar que ele seja o Cristo, o Deus encarnado, mas não nega que ele existiu. O historiador romano Cornélio Tácito (55-117 d.C.) é famoso por ter escrito “Anais do Império Romano”, isso logo no primeiro século. Nele, há um trecho em que ele afirma que Nero, para se defender contra a acusação de ter sido o responsável pelo grande incêndio em Roma, teria acusado os cristãos por este fato. “Mas nem todo o socorro que uma pessoa poderia ter prestado, nem todas as recompensas que um príncipe poderia ter dado, nem todos os sacrifícios que puderam ser feitos aos deuses, permitiram que Nero se visse livre da infâmia da suspeita de ter ordenado o grande incêndio, o incêndio de Roma. De modo que, para acabar com os rumores acusou falsamente as pessoas comumente chamadas cristãs, que eram odiadas por suas atrocidades, e as puniu com as mais terríveis torturas.” Ou seja, o historiador relata que de Nero deu falso testemunho a respeito daqueles que eram chamados cristãos. E mais: “Christus, o que deu origem ao nome cristão, foi condenado à morte por Pôncio Pilatos, durante o reinado de Tibério; mas, reprimida por algum tempo, a superstição perniciosa irrompeu novamente, não apenas em toda a Judéia, onde o problema teve início, mas também por toda a cidade de Roma”. Tácito escreve que os cristãos se tornaram um “problema” para o Império Romano. (Fonte: TACITUS, Cornelius, Annales ab excesso div August. Charles Dennis Fisher, Clarendon Press, Oxford, 1906).
Mais sobre a citação de Tácito sobre Cristo, recomendo ler: http://marceloberti.wordpress.com/2011/05/01/cornelio-tacito-e-a-historicidade-de-cristo/


            Plínio é reconhecido como governador da Bitínia, na Ásia Menor (112 dC) no período do Imperador Trajano, embora tenha sido senador e proeminente advogado em Roma (Fonte: VOORST, Robert E. Jesus outside the New Testament: An introduction to the ancient evidence. Eedermnans, 2000, pp.23). Em torno do ano 112 d. C., ele escreveu ao imperador Trajano pedindo orientação de como tratar os cristãos. Segue trecho da carta: “Eles afirmam [...] que sua única culpa, seu único erro, era terem o costume de se reunirem antes do amanhecer num certo dia determinado, quando então cantavam responsivamente os versos de um hino a Cristo, tratando-o como Deus, e prometiam solenemente uns aos outros não cometerem maldade alguma, não defraudarem, não roubarem, não adulterarem, nunca mentirem, e não negar a fé quando fossem instados a fazê-lo.”
Na carta, ele diz que havia interrogado alguns dos que se chamavam cristãos ameaçando-os de matá-los caso afirmassem que de fato seguiam aquele Cristo. “Esta foi a regra que eu segui diante dos que me foram deferidos como cristãos: perguntei a eles mesmos se eram cristãos; aos que respondiam afirmativamente, repeti uma segunda e uma terceira vez a pergunta, ameaçando-os com o suplício. Os que persistiram mandei executá-los pois eu não duvidava que, seja qual for a culpa, a teimosia e a obstinação inflexível deveriam ser punidas. Outros, cidadãos romanos portadores da mesma loucura, pus no rol dos que devem ser enviados a Roma” – (BOYLE, John Cork, ORRERY, The letters of Pliny the Younger: with observations on each letter, VOL.2, pp.426).


            Luciano de Samosata (c. 125-190 d. C.), escritor do segundo século, fez uma sátira ridicularizando os cristãos, afirmando que Cristo havia sido crucificado por iniciar uma nova seita. “Os cristãos, como sabes, adoram um homem até hoje – o personagem distinto que introduziu seus rituais insólitos e foi crucificado por isso (…) Essas criaturas mal orientadas começam com a convicção geral de que são imortais o que explica o desdém pela morte e a devoção voluntária que são tão comuns entre ele; e ainda foi incutido neles pelo seu legislador original que são todos irmãos, desde o momento que se convertem, e vivem segundo as suas leis. Tudo isso adotam como fé, e como resultado desprezam todos os bens mundanos considerando-os simplesmente como propriedade comum” (Death of Pelegrine 11-3; IN: GEISLER, Norman, Enciclopédia de Apologética – Vida 2002, pp.450).



Ainda há o filósofo grego Celso que, mesmo sendo ferrenho opositor do Cristianismo, negava a divindade de Cristo, mas não a sua existência. Ler aqui: http://marceloberti.wordpress.com/2011/05/04/celso-e-a-historicidade-de-cristo/


Flávio Josefo é considerado o maior historiador judeu de sua época, e também evidencia a existência de Jesus, muito embora não depositando nele o título de Salvador. Saiba mais em:  http://marceloberti.wordpress.com/2011/04/29/josefo-e-a-historicidade-de-cristo/

Caline Galvão