segunda-feira, 29 de julho de 2013

A verdadeira fé está alicerçada em Deus, independente dos milagres



Nosso Deus é o Senhor da cura, o Deus que opera milagres. A víbora não matou o apóstolo Paulo (Atos 28.3-6). Cristo curou o leproso (Mateus 8.1-4), curou o criado de Cafarnaum (Mateus 8.5-13), curou a sogra de Pedro (Mateus 8.14-15), curou muitos endemoninhados (Mateus 8.16-17), curou o paralítico de Cafarnaum (Mateus 9.1-8), e tantas outras curas Ele fez! Cristo prometeu estar conosco até a consumação dos séculos (Mt. 28.20) e nos consola através do Espírito Santo (Jo. 16.7), que convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo (Jo. 16.7-11) e que nos guia em toda a verdade (Jo. 16.13).

Cristo ressuscitou e vive, e permanece operando milagres e curando vidas, isto quando é da vontade dEle. "E eis que um leproso, tendo-se aproximado, adorou-o, dizendo: Senhor, se quiseres, podes purificar-me" (Mt. 8.2). O mesmo relato contado em Marcos 1.40 diz: "Aproximando-se dele um leproso rogando-lhe, de joelhos: Se quiseres, podes purificar-me". Note que a adoração do leproso independia dele ser curado ou não. Sadraque, Mesaque e Abede-Nego também adoraram ao Senhor independente do livramento. Eles não sabiam se Deus iria livrá-los da fornalha ardente, mas sabiam que este Deus tinha poder para tal, da mesma forma que o leproso não sabia se Cristo iria curá-lo, mas tinha a certeza que Ele tinha este poder. "Se o nosso Deus, a quem servimos, quer livrar-nos, ele nos livrará da fornalha de fogo ardente e das tuas mãos, ó rei. Se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses, nem adoraremos a imagem de ouro que levantaste" (Daniel 3.17-18).

Deus pode curar, mas Ele cura se quiser, e o que aprendemos com a Palavra do Senhor é que independente do milagre acontecer, os verdadeiros filhos, os autênticos servos, os fiéis verdadeiros, não deixam de adorar ao Senhor por causa de um milagre não concedido. Os servos fiéis adoram em espírito e em verdade (Jo. 4.24) porque são, de fato, verdadeiros adoradores. Não podemos sustentar nossa fé baseada nos milagres, nas curas, mas devemos sustentar a nossa fé na Verdade. “Respondeu-lhes Jesus: Eu sou o caminho, a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo. 14.6).


Caline Galvão

domingo, 21 de julho de 2013

Mente com Cristo: Fábrica de virtudes



Ei, cristão, guarde a sua mente! Sim, isto mesmo, guarde-a. Não a deixe caminhando pelos becos escuros, aqueles recantos mais profundos e insalubres que somente você e ela sabem como chegar e sair de lá. Sozinha, andando como cega, ela pode trair você! Traição é algo muito cruel, principalmente quando o traidor e a vítima são você próprio. Eu sei que você tem pensamentos que ninguém conhece, que não podem ser comunicados, passados a outros, mas são mantidos no cárcere da sua alma, lá quietinhos, mexidos só nas horas mais apropriadas. “Porque qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o seu próprio espírito, que nele está?” (I Co. 2.11a). São tão imundos que você tem vergonha de você mesmo quando percebe no que está pensando.

            “Mente vazia é oficina do diabo”, como bem diz o ditado popular. No entanto, a mente ocupada por Cristo, influenciada pelo Espírito Santo, sabe em que deve e em que não deve pensar. Você, cristão convertido, sabe que peca quando elabora certas ideias, mas permanece em pecado quando pensa: “Ah, é só na minha mente, não tem problema”. Como você reagiria diante de Deus se Ele jogasse na sua cara todas as imagens que você projeta em sua mente? Todas aquelas historinhas interessantes que você inventa de vez em quando? Você sentiria vergonha? Acha que merecia ser fulminado instantaneamente? Se a resposta for sim, você não está sozinho. Acontece com todo cristão sincero.

            João, em sua primeira epístola, escreve para uma comunidade cristã as seguintes palavras: “Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós” (I Jo. 1.8). São palavras para crentes! Você já analisou seus pensamentos? Por que você quer tanto ser fortão nas historinhas que você inventa? Será que é por que você tem necessidade de chamar atenção das mulheres (lascívia)? Por que você quer tanto ter muito dinheiro? Não será por que você quer ser superior aos demais (soberba)? Por que sua mente sempre maquina o mal do próximo para que ele perca cargos no trabalho ou na igreja (inveja)? Ah, sem falar nas muitas mulheres que você já “pegou” na sua mente (prostituição).

            Guarde a sua mente, cristão! “Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento” (Filipenses 4.8). É dela que procedem também as virtudes cristãs, é a partir dela que os frutos do Espírito (Gl.5.22,23) podem ser evidenciados pelos atos do cristão. “Amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio”. Se você só pensa em vingança, lascívia, se seus pensamentos maquinam histórias baseadas no seu orgulho próprio, como você poderá refletir a luz de Cristo? Como você iluminará este mundo (Mt. 5.14-16) se dentro de você está tudo em trevas? Nunca se engane: se sua mente for suja, seus atos serão o reflexo de suas ideias.

            Você sabe quem você é. E as imaginações construídas em sua mente dizem a você mesmo quem você é. Elas te informam sobre o seu potencial ofensivo. É por isso que um cristão, quando alertado pela própria consciência a respeito de certos pensamentos impuros, quando repreendido pelo Espírito Santo que está nele, deve aprender a controlar a mente para não pecar contra Deus. Ocupando a mente com as coisas do alto (Cl. 3.2), ela não mais será oficina do inimigo, mas uma fábrica de valores cristãos, que serão inevitavelmente evidenciados através de suas ações.

Caline Galvão