terça-feira, 2 de abril de 2013

A História prova a existência de Cristo


      
Como provar a existência de Jesus Cristo sem utilizar a Bíblia


A História da Humanidade não nega a existência de Jesus. Pode até negar que ele seja o Cristo, o Deus encarnado, mas não nega que ele existiu. O historiador romano Cornélio Tácito (55-117 d.C.) é famoso por ter escrito “Anais do Império Romano”, isso logo no primeiro século. Nele, há um trecho em que ele afirma que Nero, para se defender contra a acusação de ter sido o responsável pelo grande incêndio em Roma, teria acusado os cristãos por este fato. “Mas nem todo o socorro que uma pessoa poderia ter prestado, nem todas as recompensas que um príncipe poderia ter dado, nem todos os sacrifícios que puderam ser feitos aos deuses, permitiram que Nero se visse livre da infâmia da suspeita de ter ordenado o grande incêndio, o incêndio de Roma. De modo que, para acabar com os rumores acusou falsamente as pessoas comumente chamadas cristãs, que eram odiadas por suas atrocidades, e as puniu com as mais terríveis torturas.” Ou seja, o historiador relata que de Nero deu falso testemunho a respeito daqueles que eram chamados cristãos. E mais: “Christus, o que deu origem ao nome cristão, foi condenado à morte por Pôncio Pilatos, durante o reinado de Tibério; mas, reprimida por algum tempo, a superstição perniciosa irrompeu novamente, não apenas em toda a Judéia, onde o problema teve início, mas também por toda a cidade de Roma”. Tácito escreve que os cristãos se tornaram um “problema” para o Império Romano. (Fonte: TACITUS, Cornelius, Annales ab excesso div August. Charles Dennis Fisher, Clarendon Press, Oxford, 1906).
Mais sobre a citação de Tácito sobre Cristo, recomendo ler: http://marceloberti.wordpress.com/2011/05/01/cornelio-tacito-e-a-historicidade-de-cristo/


            Plínio é reconhecido como governador da Bitínia, na Ásia Menor (112 dC) no período do Imperador Trajano, embora tenha sido senador e proeminente advogado em Roma (Fonte: VOORST, Robert E. Jesus outside the New Testament: An introduction to the ancient evidence. Eedermnans, 2000, pp.23). Em torno do ano 112 d. C., ele escreveu ao imperador Trajano pedindo orientação de como tratar os cristãos. Segue trecho da carta: “Eles afirmam [...] que sua única culpa, seu único erro, era terem o costume de se reunirem antes do amanhecer num certo dia determinado, quando então cantavam responsivamente os versos de um hino a Cristo, tratando-o como Deus, e prometiam solenemente uns aos outros não cometerem maldade alguma, não defraudarem, não roubarem, não adulterarem, nunca mentirem, e não negar a fé quando fossem instados a fazê-lo.”
Na carta, ele diz que havia interrogado alguns dos que se chamavam cristãos ameaçando-os de matá-los caso afirmassem que de fato seguiam aquele Cristo. “Esta foi a regra que eu segui diante dos que me foram deferidos como cristãos: perguntei a eles mesmos se eram cristãos; aos que respondiam afirmativamente, repeti uma segunda e uma terceira vez a pergunta, ameaçando-os com o suplício. Os que persistiram mandei executá-los pois eu não duvidava que, seja qual for a culpa, a teimosia e a obstinação inflexível deveriam ser punidas. Outros, cidadãos romanos portadores da mesma loucura, pus no rol dos que devem ser enviados a Roma” – (BOYLE, John Cork, ORRERY, The letters of Pliny the Younger: with observations on each letter, VOL.2, pp.426).


            Luciano de Samosata (c. 125-190 d. C.), escritor do segundo século, fez uma sátira ridicularizando os cristãos, afirmando que Cristo havia sido crucificado por iniciar uma nova seita. “Os cristãos, como sabes, adoram um homem até hoje – o personagem distinto que introduziu seus rituais insólitos e foi crucificado por isso (…) Essas criaturas mal orientadas começam com a convicção geral de que são imortais o que explica o desdém pela morte e a devoção voluntária que são tão comuns entre ele; e ainda foi incutido neles pelo seu legislador original que são todos irmãos, desde o momento que se convertem, e vivem segundo as suas leis. Tudo isso adotam como fé, e como resultado desprezam todos os bens mundanos considerando-os simplesmente como propriedade comum” (Death of Pelegrine 11-3; IN: GEISLER, Norman, Enciclopédia de Apologética – Vida 2002, pp.450).



Ainda há o filósofo grego Celso que, mesmo sendo ferrenho opositor do Cristianismo, negava a divindade de Cristo, mas não a sua existência. Ler aqui: http://marceloberti.wordpress.com/2011/05/04/celso-e-a-historicidade-de-cristo/


Flávio Josefo é considerado o maior historiador judeu de sua época, e também evidencia a existência de Jesus, muito embora não depositando nele o título de Salvador. Saiba mais em:  http://marceloberti.wordpress.com/2011/04/29/josefo-e-a-historicidade-de-cristo/

Caline Galvão



               

2 comentários:

  1. OLÁ; GOSTEI MUITO DOS TEXTOS. VOCÊ É FORMADA EM TEOLOGIA?

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  2. Obrigada, Eder! Não sou formada em Teologia não, mas fiz um ano do Bacharel em Teologia por um seminário Reformado. Pretendo um dia retornar. Obrigada pelo comentário!

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Espero que o texto tenha edificado ou tenha feito você refletir! Deus te abençoe.