sexta-feira, 30 de setembro de 2011

A palavra da cruz é loucura


Não somos obrigados a entender tudo, mas devemos procurar entender muitas coisas. É complicado uma pessoa que deteste física e química compreender alguns fenômenos que existem na natureza. Esses fenômenos acabam se tornando loucura para quem não entende, porém sabedoria para quem estuda a respeito deles.

O interessante é que o Cristianismo enxerga o mundo também dentro de um duelo entre sábios e ignorantes. A Bíblia faz uma distinção entre aquelas pessoas que conseguem entender as coisas espirituais e aquelas que não entendem. Não se preocupe, não é uma nova teoria, é uma realidade cristã.

Paulo diz que “certamente a palavra da cruz é loucura para os que se perdem” (1ª Co. 1:18). Mas o que ele quis dizer com “os que se perdem”? De maneira simples, posso dizer que aqueles que estão “se perdendo” são pessoas que não têm Jesus Cristo como seu legítimo pastor (Jo. 10), que não compreendem que necessitam da salvação e que não entendem porque precisam ser submissos a Deus.

A “palavra da cruz” realmente é uma loucura para os que não compreendem o significado da vinda, morte e ressurreição de Cristo. “Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente” (1ª Co. 2:14).

Tentar entender que Deus tem um único filho, o envia para a Terra, o faz sofrer, ser humilhado e crucificado não é tão fácil. E quando se sabe que este filho era ao mesmo tempo Deus (pois Deus é um só, mas manifestado em três pessoas: Pai, Filho e Espírito), é que a coisa complica... Como Deus desejaria ser humilhado por sua própria criação? Acaso algum rei ou grande líder desejou ser humilhado pelos seus servos? Se nenhum líder nunca desejou isso para si, por que Deus desejaria?

Quando Paulo diz que “nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para judeus, loucura para os gentios” (1ª Co. 1:23) ele quer afirmar que essa suposta loucura era na verdade a maior das sabedorias. Os gregos achavam graça num homem que se dizia Deus e não tinha poder o suficiente para sair da cruz. A grande questão é que estes gregos eram pessoas que estavam “se perdendo” e eram “homens naturais” (1ª Co. 2:14a), por isso não compreendiam o que Jesus estava fazendo naquela cruz.

Talvez, você leitor, também ache ridículo um Deus ser humilhado em uma cruz. Se assim você acha, saiba que você não consegue enxergar a sabedoria nesse sacrifício porque você não pode entender as coisas espirituais, por ser um homem natural. E o que significa ser natural? O homem natural é aquele que não foi lavado pelo sangue de Jesus, aquele que não consegue entender a “loucura” da cruz.

A verdade é que os homens são pecadores, mas Deus quis salvar alguns deles. A “loucura” da cruz consiste em Deus ter sacrificado seu filho, para que o sacrifício do filho (um alguém totalmente santo e sem pecados) pudesse aplacar a ira de Deus e fazê-lo aceitar a salvação de algumas pessoas. É isso mesmo: Deus é quem aceita, e não o contrário. Isso parece loucura, mas não é.

É algo complexo, mas não é difícil de entender. Só podemos chegar a Deus através de Jesus. Não poderíamos ter acesso ao Pai se Jesus não tivesse morrido na cruz. Não poderíamos ter esperança de salvação se Jesus não tivesse ressuscitado. Essa é a loucura da cruz. Deus não ouviria nossas orações se Jesus não tivesse existido e sacrificado em uma cruz. Isso é o que significa “loucura” para os homens “naturais”.

Mas Paulo fala ainda mais. Depois que ele afirma que a “palavra da cruz é loucura para os que se perdem”, explica que “para nós, que somos salvos, é o poder de Deus” (1ª Co. 1:18). Ainda assim, talvez você não tenha entendido... Mas saiba que a “palavra da cruz é poder”, pois é poderosa para transformar vidas e salvá-las. Eu espero sinceramente que você que não é crente e teve a curiosidade de ler o texto possa ter sua mente aberta pelo Espírito Santo para compreender esta “palavra da cruz”, que é mais sábia do que a sabedoria dos homens!

Caline Galvão

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